Esse tipo de coisa ora me preocupava, ora me irritava, mas recentemente, após uma reflexão sobre essa e tantas coisas, cheguei à conclusão de que todo ser humano que tenha adquirido a linguagem já sabe fazer análise sintática. Isso não quer dizer que a humanidade deva rasgar as gramáticas e seus sujeitos, predicados, termos acessórios e integrantes: Por favor, não faça uma coisa dessas, mesmo porque esses termos fazem uma falta danada em concursos.Mas mesmo sem colocar o nome dos termos, nós não só os reconhecemos como os produzimos.
Sabe como todo ser humano reconhece uma oração? Muito simples: quando um falante escuta a frase "eu e minha mãe fomos à casa da vovó almoçar" falada por mim, seu cérebro imediatamente registra dois acontecimentos: a ida à casada minha avó e o almoço que haverá ali. Assim, se alguém perguntar a essa pessoa que me escutou: "O que aconteceu com a Debora", quem me escutou certamente responderá "nada, foi para um almoço na casa da avó com a mãe". Não só quem me escutou entendeu que aconteceram duas coisas como ainda foi capaz de citar os acontecimentos de uma forma diferente.A pessoa que me escutou ainda conseguiu identificar o sujeito, porque se na conversa chegasse algúem que não me conhecesse e perguntasse "quem foi almoçar?" essa mesma pessoa que me escutou diria " a Debora e sua mãe".
Chega a ser curioso que algo natural e, segundo alguns linguistas, inato, pareça tão complicado quando se usam os nomes dos bois (sujeito, predicado, objetos, adjuntos, etc.).